sexta-feira, fevereiro 20, 2009

6 coisas sobre mim

Respondendo ao desafio da Teresa aqui ficam 6 coisas sobre mim:

1. Consigo concluir apenas cerca de um décimo (provavelmente até muito menos) dos projectos (musicais, literários...) que inicio. Acho que sinto maior fascínio no acto de analisar do que no acto de criar.

2. Raramente acerto no tamanho quando compro roupa.

3. A comunicação fracassa com bastante frequência, mesmo quando falo na mesma língua.

4. Tenho o hábito de desenvolver estranhas estatísticas mentais (distribuição de vogais e consoantes nas palavras de uma frase, número de letras por sílaba, número de sílabas por palavra; ...).

5. Acordo quase sempre antes de o despertador tocar.

6. Aprecio muito a utilização do absurdo, da incompatibilidade, da incoerência propositada na arte.

sábado, fevereiro 14, 2009

Aproximámo-nos há anos atrás não pelo que somos agora, mas pelo que éramos na altura. Mudámos muito entretanto (mudámos tanto). Tornámo-nos pessoas diferentes. Tão diferentes que, nessa altura, nada do que sou hoje teria feito com que te aproximasses de mim e nada do que tu és hoje me teria feito aproximar de ti. Nada (ou quase nada) resta agora daquilo que nos atraiu um no outro. Aquilo que tu amavas, admiravas e ambicionavas em mim e aquilo que eu amava, admirava e ambicionava em ti. O tempo muda tudo, até as pessoas. O tempo trouxe-nos a mudança, mas mudou-nos de forma diferente, a mim e a ti. O tempo trouxe também a rotina e o hábito. E a rotina e o hábito tornaram possível que continuássemos juntos. Criou-se em cada um de nós uma espécie de tolerância à mudança individual que se foi realizando no outro e que, sem nos apercebermos, tornou-nos, aos poucos, incompatíveis.
Agora estamos um em frente do outro, parados, a tentar perceber o que é que nos impede de nos separarmos. A tentar perceber porque é que queremos manter uma ligação que já não faz sentido, porque é queremos persistir num jogo que foi dispensando a lógica, se tudo o que nos justificava desapareceu – não sobra qualquer rasto. O cansaço, a conformação, a necessidade afectiva e corporal, o medo do envelhecimento, da solidão, da doença?
Estamos parados, um em frente do outro, sem respostas. Sem resposta que nos esclareça porque é que já não perguntamos. E sabemos que vamos continuar a manter algo que julgamos já não carecer de justificação.
Óptimo local para passar o Dia de S. Valentim:
http://www.erosporto.com/

sábado, fevereiro 07, 2009

O último dos meus contactos no Messenger abandonou a sessão. São 6:21. Vou esperar um pouco que um dos outros acorde.