"Hospitais: para um Manual de Sobrevivência para doentes e acompanhantes."
Não deixem de ler o texto de António Pinho Vargas.
Vale a pena.
segunda-feira, novembro 27, 2006
sábado, novembro 25, 2006
terça-feira, novembro 21, 2006
O compositor Toy
O excelente texto que se segue foi escrito pelo compositor Eurico Carrapatoso, um homem que se revolta contra um tipo de mentalidade que tem vindo corroer a actividade musical séria neste país, a respeito de uma entrevista do "compositor" Toy à revista da Sociedade Portuguesa de Autores.
Citando Toy "Nunca tive outra opção que não fosse a música: tirei um curso geral secundário de Administração e Comércio, ligado à contabilidade, que ainda hoje não me serve para nada porque a única matemática com que me entendo é a matemática da música: o três por quatro, o quatro por quatro, o três por seis". Neste momento, na secção "três por seis", boutade que tem tanto de notável quanto de alvar, eu tive um sentimento misto de comiseração cristã e de gozo mafarrico, debruado em citações de Groucho Marx do tipo "se tivesse um cavalo, chicotear-te-ia!".
Mas a culpa não é do Toy. De facto, a revista da SPA, a putativa revista dos autores portugueses, é que ultrapassou todas as marcas quando lhe deu, na sua última edição, um espaço de 3 páginas inteiras, numa entrevista de fundo onde triunfa de novo o prosaico, a anedota, e o boçal.
E é nestas ocasiões que reflicto sobre alguns assuntos, tais como:
1. Abandonar pura e simplesmente a instituição que me representa como autor e que, simultaneamente, me emporcalha.
2. É também nestas ocasiões que, finalmente, consigo perceber melhor o carácter profundamente antidemocrático das afirmações de Fernando Pessoa quando se refere ao povo numa prosa contundente.
3. De quantos anos vai precisar ainda a SPA para realizar que, chamar compositor ao Toy, é o mesmo que chamar neurocirurgião ao bruxo de Nozelos ou ao curandeiro de Arruda dos Vinhos? Que uma coisa, é o conhecimento paciente e extremamente exigente, por via erudita, de matérias da mais alta transcendência, quer na sua forma, quer no seu conteúdo, conhecimento esse sustentado em dezenas de anos de estudos, de subtilezas universitárias, de pesquisas, de leituras, de contactos, de discussões, de seminários, de conferências, de descobertas, de progressos pessoais tantas vezes projectados num alcance benemérito do qual a sociedade é a primeira beneficiária. E que outra coisa, bem diferente, é o conhecimento castiço herdado por via popular de mezinhas e outras intuições, que, merecendo-nos uma simpatia condescendente, tem o valor que tem e apenas esse. E isto não é pedantismo. Poupem-me. Citando o outro, "É a Cultura, estúpido!"
Eurico Carrapatoso
Citando Toy "Nunca tive outra opção que não fosse a música: tirei um curso geral secundário de Administração e Comércio, ligado à contabilidade, que ainda hoje não me serve para nada porque a única matemática com que me entendo é a matemática da música: o três por quatro, o quatro por quatro, o três por seis". Neste momento, na secção "três por seis", boutade que tem tanto de notável quanto de alvar, eu tive um sentimento misto de comiseração cristã e de gozo mafarrico, debruado em citações de Groucho Marx do tipo "se tivesse um cavalo, chicotear-te-ia!".
Mas a culpa não é do Toy. De facto, a revista da SPA, a putativa revista dos autores portugueses, é que ultrapassou todas as marcas quando lhe deu, na sua última edição, um espaço de 3 páginas inteiras, numa entrevista de fundo onde triunfa de novo o prosaico, a anedota, e o boçal.
E é nestas ocasiões que reflicto sobre alguns assuntos, tais como:
1. Abandonar pura e simplesmente a instituição que me representa como autor e que, simultaneamente, me emporcalha.
2. É também nestas ocasiões que, finalmente, consigo perceber melhor o carácter profundamente antidemocrático das afirmações de Fernando Pessoa quando se refere ao povo numa prosa contundente.
3. De quantos anos vai precisar ainda a SPA para realizar que, chamar compositor ao Toy, é o mesmo que chamar neurocirurgião ao bruxo de Nozelos ou ao curandeiro de Arruda dos Vinhos? Que uma coisa, é o conhecimento paciente e extremamente exigente, por via erudita, de matérias da mais alta transcendência, quer na sua forma, quer no seu conteúdo, conhecimento esse sustentado em dezenas de anos de estudos, de subtilezas universitárias, de pesquisas, de leituras, de contactos, de discussões, de seminários, de conferências, de descobertas, de progressos pessoais tantas vezes projectados num alcance benemérito do qual a sociedade é a primeira beneficiária. E que outra coisa, bem diferente, é o conhecimento castiço herdado por via popular de mezinhas e outras intuições, que, merecendo-nos uma simpatia condescendente, tem o valor que tem e apenas esse. E isto não é pedantismo. Poupem-me. Citando o outro, "É a Cultura, estúpido!"
Eurico Carrapatoso
domingo, novembro 12, 2006
sábado, novembro 11, 2006
George Antheil - Ballet Mécanique
Ballet Mécanique é talvez a obra mais notável do compositor americano George Antheil (1900-1959) e pode ser encontrada neste CD que adquiri recentemente. Para saber mais sobre o compositor, clicar aqui.
sábado, outubro 28, 2006
Kafka
sexta-feira, outubro 20, 2006
Urgências
Aqui há tempos descobri este excelente e precioso livro de teatro - "URGÊNCIAS" - com 17 peças curtas de diversos autores escritas sob o mote O que é que tens de urgente para me dizer? (edição da Cotovia).
Aconselhável para quem se interessa por teatro (mas não só).
Fico com uma grande pena de não ter assistido ao espectáculo que foi apresentado em Julho no Teatro Maria Matos.
Para quem quiser visitar o blog:
http://www.urgenciasteatro.blogspot.com/
terça-feira, outubro 17, 2006
Imagens de Andrès Segovia
Algumas imagens do mestre Andrès Segovia, o homem que mudou o mundo da guitarra. As numerosas transcrições que realizou, o incentivo aos compositores seus contemporâneos para a composição de novas obras para guitarra, a sua abordagem na execução do instrumento (sempre com uma atitude de serenidade, que fazia com que aquilo que tocava parecesse fácil a quem o ouvia). Viria a ampliar as possibilidades técnicas e interpretativas do seu instrumento, elevando-o a um nível que ainda não tinha atingido até então, colocando a guitarra no mesmo patamar que outros instrumentos musicais já tinham alcançado.
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