KRAGLER: Anna! Anna! Que faço eu? Passo, em vertigem, por sobre um mar de cadáveres e não me afogo. Rodo a caminho do Sul em carros negros cheios de gado e fico incólume. Ardo numa fornalha de chamas e sou eu próprio a chama mais intensa. Alguém enlouquece sob o ardor do sol e não sou eu. Dois homens tombam num valado de água e eu continuo a dormir. Abato pretos. Como erva. Sou um fantasma.
"TAMBORES NA NOITE", Bertolt Brecht
sexta-feira, julho 27, 2007
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