A hegemonia absoluta da Imagem conduziu, em linha recta, ao ódio estigmatizado a toda a inteligência discursiva. Odeia-se a História como se odeia a Literatura; a Matemática como as Ciências e as Artes. Em suma, odeia-se qualquer acto intelectual que exija reflexão… Na Escola de hoje, qualquer processo didáctico que se preze não pode dispensar a Imagem, os meios visuais… os esquemas e os gráficos, o mais visuais possível. Discorrer, pôr a inteligência a funcionar, na leitura ou na audição, sobre um texto ou um discurso relativamente longos, já não são mais do que o eco de uma voz que clama no deserto!... Os jovens falam por slogans, motes, frases-chave (que são feitas por outrem); perdeu-se a capacidade de articulação discursiva original, a inteligência e o espírito crítico…
"Linguagem/Poesia/Música", Manuel Reis
sábado, março 01, 2008
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